quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O vento

Abri cedo as janelas de casa. Sol lindo e um vento fazendo tudo dançar à minha frente. Nada frenético, uma dancinha tranquila, um balancinho só de quadril, sabe? Meu café da manhã foi assim, preguiçoso, vendo tudo dançar lá fora.
Na net vi esse vídeo falando de um vento mais forte, o vento da mudança.
Que os ventos continuem soprando a nosso favor. Mais calmos ou mais agitados, dependendo da demanda e do tamanho da batalha.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desejos militantes de ano novo.

Sabem que ingredientes penso que seria prudente incluir nessas infindáveis (boas) "receitas para um feliz ano novo"? Um tantinho menos de patrulha, e um pouquinho mais de habilidade quando das defesas realmente necessárias.

Menos patrulha nos livraria dos constrangedores discursos inflamados sobre temas que francamente, não tem a relevância que se tenta atribuir a eles. Apenas como exemplo: Não gosta de sertanejo, sorte sua e do seu vizinho, não ouça. Não suporta BBB, não assista ( não vale ler resumo do dia no site). Mas por favor, não passe pelo constrangimento de diminuir quem difere e tentar convencer o mundo que seus gostos (evoluidíssimos) te fazem realmente melhor, mais politizado, mais culto ou menos sanguinário. Não. É claro que você pode (não é obrigado) manifestar sua preciosa opinião, apenas evite o tom mais arrogante e sacerdotal, é embaraçoso. Durante muito tempo da nossa história tentaram nos dizer o que ouvir, ver, ler, comer, sentir. Acho que já chega. Quem se inflama em debates doutrinadores do viver dos outros, não raramente demonstra dificuldade em se aprofundar no entendimento e debate do que realmente importa.

E há sem dúvida aquilo sobre o que não se deve calar, mesmo. Assuntos que precisam ser debatidos porque custam a vida de outros seres humanos. Há a exploração de quem trabalha, a retirada sistemática de direitos relevantes, há o machismo matando todos os dias, a homofobia, o racismo, a xenofobia, há projetos de sociedade que precisam ser debatidos e há espaços menos rasos para fazê-lo que o seu Facebook. Mas para estes debates, é preciso se armar. Não apenas procurando entender de fato o que se passa, mas buscando a melhor forma para que o debate realmente ocorra e que, de preferência, seja possível convencer alguém além do espelho.

De minha parte, meus votos de ano novo neste campo são os mesmos do ano passado (e que me fizeram tão feliz em 2011): não debato se não identificar a relevância (no tema e no debatedor). Penso que tenta esgotar debates complexos e relevantes no Facebook e no Twitter quem ainda não encontrou os espaços apropriados para fazê-lo, não é meu caso. Não tenho (mesmo) a menor pretensão de ter a última palavra em nada. E não pretendo prescindir de uma boa risada de vez em quando.




Escusas pela demora

Perdão pela demora, mas os dias nascem e se vão nesse ritmo que mais parece um embalo de rede e realmente... não sobra muito tempo. Não é desculpa, eu sei. Gente mais feliz e ocupada que eu escreve o tempo todo. Mas quer saber? Me deixa. Minha desorganização não é mais segredo nem tampouco me constrange. Façamos assim... de vez em quando, no final de um domingo em que eu durma quase o dia todo e que uma insônia qualquer me apanhe pra me lembrar com muita azia de todas as delícias gordurentas e saturadas que eu comi, a gente coloca a conversa em dia. Pode ser?
Ps.: Feliz ano novo!