segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A última aniversariante do mês


Tá assim, ó. Desse jeito aí da foto. São oito aninhos, mas olha a carinha da figura.
Me assustei quando vi a Marina assim. Juro.
Estávamos em Curitiba, do lado de fora de um Shopping de lá. Havia um grupo de adolescentes de um colégio ali por perto. Quando procurei meu bebê com os olhos, quase não a encontro no meio deles.
Quando a vi assim, sentadinha, bracinhos cruzados, bolsa tiracolo (feita pela mamãe) e olhar sereno e penetrante, meu coração ficou pequeninho, ficou apertado.
E é assim que é, meus caros. Lugar comum mesmo. Num dia eles cabem certinho no teu colo e no outro tem essa expressão toda no olhar.
Fez aniver no dia 29 a virginiana mais doce e carinhosa que eu conheço.
Parabéns, docinho.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Chaps



Feriadão de dia do município. Mas eu trabalho e as crianças tem aula. Blé!

Sem nada pra comemorar, então.

Ainda assim prestemos a justa homenagem à querida Chapecó que aniversaria amanhã.

A imagem que eu mais gosto daqui:
Cachoeira na Trilha do Pitoco.

e a antológica

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Família


Contrariando meu ceticismo, Agosto tem feito juz à sua fama de mês estranho e meio assustador. Como já disse é o mês de aniversário dos meus dois pequenos e da minha mãe, e, como além disso eu sou uma pessoa que adora todas as rotinas do inverno, agosto costuma ser um mês feliz.

Não este.

Comecei o mês ainda de luto pela perda súbita e estúpida de uma amigo. E em tão pouco tempo a história tão triste se repete.

Ontem sepultamos uma mulher trabalhadora e de boas ações. Jovem mãe de duas filhas ainda tão novinhas e dona de um sorriso que parecia nunca se apagar.

Ao longo da vida, se tivemos sorte, nossa família (aquela que, ouso dizer felizmente, não escolhemos) vai se ampliando. Com sorte, repito, a esta familia vão se somando outras, pela nossa ação ou mesmo pelas voltas que a vida dá e que nada tem a ver com nossos atos diretamente.
Comigo, por que eu tenho muita sorte, tem sido assim. Além dos meus laços sanguineos, algumas outras famlias me adotaram e se deixaram adotar por mim. Um exemplo é a familia do pai dos meus filhos. Uma gente muito alegre e guerreira. Me ensinaram sobre laços que não se dissolvem e sobre o valor das ações.

O mundo não precisa dos seus bons sentimentos (alguém disse isso, não lembro quem). São suas ações, seus gestos, grandes e pequenos, que fazem diferença na vida daqueles que você diz amar. Nobres sentimentos e firmes convicções, quando encarceradas dentro do coração bom ou da mente brilhante, nada podem.

Marilize era tia paterna dos meus filhos.

Quando esse outro amigo faleceu há um mês atrás, Mari estava lá. Chovia uma garoinha enjoada e eu acompanhava o cortejo sem nenhuma proteção. Senti alguém correndo na minha direção, tentando me alcançar. Era ela. Me colocando sob a proteção do seu guarda-chuva.
Só quem conhecia minha relação com aquela mulher, pode avaliar esse gesto. Me pergunto se eu teria feito o mesmo? Se eu teria sido capaz, se eu lembraria mesmo de ter esse pequeno gesto tão gentil.
Conversamos um pouco no caminho, sobre a brevidade, sobre como tudo é tão imprevisível.

Ontem também chovia um pouco. Levei meu guarda-chuva. Abriguei a quem pude enquanto foi necessário. Afinal, a gente está nesse mundo é pra aprender.






segunda-feira, 17 de agosto de 2009

no socks


Sexta-feira foi o primeiro dia, DESDE MAIO, que eu saí para trabalhar sem meias. Isso é inverno, o resto é conversa.
Mas o final de semana foi redentor. Céu muito azul, clima de primavera. Cousa mui especial de linda, como se diz no pampa.
Hoje já tá garoando. Mas hoje é segunda, né? Pra que facilitar?
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E segue a novelinha da gripe.
O governador (PMDB) diz: não cancelem as aulas. O prefeito (DEMO) o que faz? Bingo. Todo mundo em casa. Isso quando o país todo está voltando. Ok.
Vem um e diz: lavar as mãos dez vezes ao dia. Em seguida vem outro: lavar as mãos por, no mínimo, sete minutos. Só aí já dá uma hora e dez minutos do dia lavando as mãos.
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Meu Colorado engrenando, parece.
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Ao lado, eu e minha preguiça na rede. Final da tarde de ontem, curtindo o desenho dos últimos raios de sol na paisagem.
Aquela arvorezinha simpática e verdinha é Eleonora, nossa jabuticabeira. Tá linda, não?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primeiro aniversariante do mês


Uma década iluminando meus dias, pra não falar das noites mais escuras e assustadoras. Amo tu, meu coloradinho precioso.

Em Curitiba no nosso passeio mais recente.

sábado, 8 de agosto de 2009

yelow


-Oi, filhota. E daí, tirou a tal foto na escola?
-Sim.
-E ficou legal?
-Ficou bem legal, mãe. Mas a mulher é louca.
-Que mulher filha?
-A que bate as fotos.
-Não fala assim. Cada pessoa tem um jeito.
-Mãe, ela mandou sentar num tronco, colocar as pernas no outro e as mãos em cima dos joelhos.
-Pra fazer uma pose bacana, filha.
-Eu também pensei, mas depois ela mostrou a foto, e só aparecia o nosso rosto.
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Completamente sem assunto. Vontade apenas de dividir a sensação boa que o calor desse dia ensolarado traz.

Que ele não passe despercebido.

Que esse sol delicioso, faça minguar a histeria do "não tem mais jeito" e do "tá fora de controle". Aproveitemos pra respirar fundo e melhorar nosso olhar.

É impressionante como a mudança de ângulo de onde se olha, pode alterar uma paisagem.
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PS.: Olha pra isso. Eu não to louca, né? Meu lanche de ontem tava mesmo tentando me dizer algo, nénão?


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TRILLHA SONORA. Fala sério, vai. Pulaê!



"Atirei-me ao mar
Mar de gente onde
Eu mergulho sem receio
Mar de gente onde
Eu me sinto por inteiro...

Eu acordo com uma
Ressaca guerra
Explode na cabeça
E eu me rendo
A um milagroso dia...

Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo..."



quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Desgosto


Vocês viram, né? Eu nem comemorei a vitória do outro lado do mundo. Aquela que ninguém passou. Não pela pouca repercussão que tem. Tô acostumada. É assim, campeonato nenhum vale nada, taça nenhuma vale nada até o Inter ir lá e vencer. Vide Sul-Americana, que agora é campeonato importante.


Como diz um amigo meu: parô a palhaçada, né?

Paciência e resignação de torcedora doentinha não me falta. Mas pra tudo nessa vida há limite, ok?

Nem tente, não perca seu tempo argumentando que ele saiu do Inter numa fase ruim, etc.

Não tem cabimento isso, não tem.


Novos ares


Cara, o dia hoje está com um ar que me traz alguma recordação muito boa até a beiradinha da consciência. Daí ela me escapa. E eu fico sem saber o que afinal esse dia delicioso e morninho, com carinha de primeiro dia de primavera, está tentando me dizer. Não captei ainda, mas já gostei.

imagem: www.1000imagens.com



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Vai uma provinha aí?


Supermercado no sábado.

Degustações.

Uma mocinha de seios enormes, espremidos num decote bem revelador, oferece queijo minas aos passantes. Há também uma nova marca de salgadinhos. Uma linguiça temperada (e bem apimentada) servida em tirinhas por um jovem de sotaque interiorano que orienta: Pode comer sem dó, senhora. Mais adiante, um cafezinho. Delicioso. Aí você leva o dito pra casa e ele nunca mais será o mesmo.
Mas é na sessão de bebidas (como sempre) que a diversão rola. As promotoras de venda dos "vinhos da serra gaúcha" se estapeiam para garantir que cada cliente traumatizado com o frio que anda fazendo, prove pelo menos um golinho, momento em que elas habilmente vão enfiar uma garrafa no carrinho do coitado. Qualquer orientação ética, fica no estacionamento. Marcas de vinho tinto seco, suave, são oferecidos uma gôndola antes da dose de cachaça artesanal, cinco depois da tal linguicinha temperada. O cliente que se controle, ou se entenda depois com seu pobre fígado.

Elementos da cena que emocionam: mocinha vendendo garrafa de vinho de R$ 4,79. Segurando no braço do cliente, ela oferece insistentemente a tacinha de plástico enquanto discorre sobre o bouquet.

Elementos da cena que assustam: A última degustação da sessão de bebidas é de um suco de laranja com mamão. Depois do café, do vinho e da cachaça. Desarranjo intestinal garantido ou seu dinheiro de volta.

Elementos da cena que conduzem à reflexão: homem passeia de um lado para o outro da gôndola de conhaques e vodkas, empurrando um carrinho cheio de fraldas descartáveis. Jogados ao lado das fraldas, três ou quatro tacinhas e copinhos plástico vazios. Uma mulher segurando uma criança no colo e equilibrando um saquinho de pipoca que ganhara na sessão de artigos para festa, grita na direção do homem: Eu tava te procurando. A gente não veio aqui pra encher a cara, sabia?


E começou Agosto. Que cousa não? Agosto é mês de aniversário dos meus dois filhos e da minha mãe. É o mês em que a gente começa a contar os dias para a chegada da primavera. Como escreveu Caio Fernando Abreu: Que seja doce.