quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pictures

Eu sabia, vocês que me conhecem também sabiam. Eu ia mesmo acabar sucumbindo. Agora, com esses aplicativos que permitem tirar fotos com carinha vintage e pseudo artísticas, eu tô insuportável.

Lotada de coisa pra fazer, na estrada e mesmo assim não consigo sossegar.





Marina


Melzinha



Meu sapato amarelo, pq bom gosto é tudo nessa vida, kkkk



Carlos



"Jogue bola, cante uma canção, aperte a minha mão..."


Um cheirinho


Silicone pra quê? Eu te empresto meu filho pra tirar uma foto sua.
Marinoca e eu.


Juntinhas


O olhar dos meus anjos




Coca 600 em garrafa de vidro. Garrafa de vidro de refrigerante me lembra infância.


É bem mais barato abastecer o carro na Argentina quando se está pertinho da fronteira.
E ainda dá umas fotos bem bacanas.























"pela longa estrada eu vou, estrada eu sou..."

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Subliteratura ou minha epopeia regional - Parte I

Fiquei duas horas parada hoje numa rodoviária de um pequeno município aqui da região. Saiu isso que tá aí embaixo. Quase nada inventado.


Eu sei que consigo. O segredo está na respiração. Inspirar demoradamente pelo nariz. Soltar o ar pela boca prestando atenção nas batidas do coração. É assim que a gente lida com momentos de impotência.

No começo do mundo era assim, né?! A internet é uma invenção da década de setenta. A TV também é relativamente recente. Jornal impresso não. Podia ter um jornaleco aqui. 

Mas o fato é que acontece com todo mundo ficar, em algum momento, sem alternativa nenhuma que não seja esperar. Sentar e esperar. Inspira, expira, tumtum, tumtum.

Ajuda a passar o tempo fazer um exercício de contemplação do cenário.

Por exemplo, reparei que tem lugar para cinco ônibus chegarem ao mesmo tempo. Sinal de que os administradores esperam que a cidade ainda cresça muito.
Opa! Chegou um. Não é um ônibus de verdade. É pouco maior do que uma van (mais alguém tem vontade de chamar van de besta?). Tem um adesivo daqueles com uma nossa senhora dentro de um rosário, outro de uma romaria em honra à nossa senhora da Salete, e mais um ainda com um santo. É São Cristóvão, acho. Ou São Francisco. E olha, na condição em que se encontra a Besta (pronto, falei), declino de minhas convicções céticas para reconhecer que talvez seja mesmo o caso de recorrer a uma proteção extra.

Quem fala de desmatamento e dos efeitos nocivos advindos dele, nunca esperou um ônibus aqui por uma hora e meia. Olhando pra esse tanto de mato é difícil a beça acreditar que o verde do mundo pode acabar.
E não me levem a mal, eu amo paisagens verdes e esse barulho de passarinho cantando. Estava ainda agora pensando em como deve ser bom acordar com essa paisagem todos os dias da vida. Cinismo involuntário meu, evidente. A verdade é que desde que assisti "A viagem" e fui apresentada ao céu do Antônio Fagundes, eu tenho agonia dessa ideia de viver para sempre em um grande gramado. Pode o céu ser mesmo um campo de golfe? Não lhes parecia uma espécie de "paraíso equino", aquele gramadão sem fim?

Tem uma lojinha aqui dentro da rodoviária. Dessas com todo tipo de traquitana. Quanto não viajou aquele controle de vídeo game que brilha no escuro? Deve ter vindo em um container, dentro de um cargueiro, lá da China. Depois, mais horas de viagem escondido no ônibus do Paraguai até aqui. E você ainda reclama da Reunidas Transportes Terrestres... Vai nascer traquitana made in China pra ver o que é bom.

O tempo não passa. Fui até a lojinha perguntar se vendiam carregador para celular. Não. Vende filme pornô pirateado, bolsa da Hugo Boss (você precisa da informação"igualmente pirateada"?), mas carregador não.

Eu podia puxar conversa com alguém, tentar me enturmar e tal... Ããh? Pronto, agora estou ficando maluca. Acorda Doroty! Você não consegue se enturmar nem com seus vizinhos no prédio onde mora.

Ontem a noite eu tirei uma revista da bolsa. Tirei a revista e o carregador do telefone. Burra. Podia ouvir uma musiquinha, quebrar meu recorde no jogo da vaquinha abduzida... Burra.

Se eu tivesse bateria, fotografaria os quadros pendurados na parede daqui. Devem ser de autoria da filha caçula do prefeito. Se eu for tentar descrever, vocês vão me chamar de azeda, e eu até sou. Mas eita talento escondido. Feios demais. O tema das obras?" O caos da mobilidade urbanda nas grandes metrópoles". Sério? Dã!! Não. O tema são (tcharaaannnn!) flores e passarinhos.

Tem um cara ali fora, um homem meio jovem... Todo mundo parece meio receoso de ficar perto dele. Provavelmente porque ele conversa eloquentemente com algumas pessoas. Pessoas que só ele vê, entende?
Sendo eu a única pessoa sozinha e sem nada para fazer em um raio de, sei lá, vários quilômetros daqui, em minutos ele estará sentado ao meu lado me apresentando seus amigos imaginários.

Vou voltar na lojinha ver se o moço tem uma caneta para me emprestar ou, vá lá, vender. Fazer uma cara de ocupada enquanto rabisco alguma bobagem. Uma caneta ou uma granada de mão. Daqui de fora enxergo algo que pode ser um bastão de jogar taco. Também serve.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

More chocolate

Acabei. Acho.
Consegui solucionar o probleminha com a exibição dos vídeos mudando o modelo e aumentando a largura da página. Daí já aproveitei pra encher de bombonzinhos e trufas coloridas.
Gostaram? Ó, quem cala consente. No computador de vocês aparece tudo direitinho?
No meu celular não vizualizo a coluna de docinhos da esquerda... Mas eu gostei lá também.
Qualquer probleminha vocês me avisam?
Então ok.
Não consegui entrar no horário de verão ainda. Olha a hora da moça ir dormir.
Mas é bacana sair do trampo de dia ainda.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

from me to you

Chove, chove, chove...

Deus, como o dia assim fica preguiçoso.

Mil coisas na cabeça. Eu andei mesmo preocupada nessa semana. E boa parte das demandas ainda vão estar lá na segunda.

Mas, como diz o povo que entende dessas coisas, ser feliz é algo que a gente escolhe, ou não.

Tamos aí. Já escolhemos há tempos.

Que seu findi seja exatamente como você precisa que seja.

Muita preguiça, descanso, bons livros, bons filmes e boa música.

Muito chamego.

Que você quebre seu recorde no Playstation.

Tomara que ele te chame no msn no mesmo minuto que você entrar.

Que você receba visitas e elas não esqueçam da hora de ir embora.

Vou ficar torcendo pr'aquele show que você vai ver não demorar muito pra começar.

Que seu fígado resista com dignidade e que você não lembre de nada na segunda.

Que você não ocupe seu tempo livre com problemas que não pode resolver por ora.

Que seu time vença nessa rodada (a menos é claro que você esteja na minha listinha da mandinga deste final de semana).

Que a gente possa dar algumas boas risadas.


Delícia né?! Não precisa agradecer, rsrs

Ps.: Continuo apanhando do editor. Pra ver o vídeo direitinho, clica nele, tá?!

Ps2.: Vocês tão vendo, né?! Reforma em casa. Não tá pronto, mas vai ficar bem lindo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Post grande, proveito mínimo

Para você que vive em grandes bandos, adora cozinhar só pra você e/ou curte almoçar fora no domingo, é só uma linha de congelados em (maravilhosas!) porções individuais.
Agora,  para quem como eu, passa quase todos os domingos sozinha e tem as opções: preparar uma porção individual de almoço, se arrastar até um restaurante lotado, colocar a cara de pau em dia e filar boia nos parentes ou passar o dia na base do pão, presunto e queijo, trata-se do restabelecimento da dignidade.

O penne ao molho parisiense tem cheiro de almoço, leva cinco minutinhos pra ficar pronto e é bem gostoso. Recomendo.
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Tinha alguém brincando no Twitter agora a pouco que pra votar no segundo turno tem de levar o RG (ou outro documento com foto) e o certificado de batismo.
Cara, a melhor resposta pra um certo tipo de coisa é mesmo o riso. Ajuda a não enlouquecer também.
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Não acompanhei nada do salvamento dos mineiros chilenos. Eu sabia que eu ia ficar putamente emocionada. Acidentes de trabalho (que geralmente são causados pelo não respeito de normas de segurança) são das coisas que mais me emputecem na vida. É injustiç elevada à sexta potência.
Mas aí hoje dei uma lida aqui. Cada história... Tem o carinha que mentia pra mãe que trabalhava no comércio, pra ela não ficar preocupada. Tem o cara que ficou soterrado pela terceira vez em 30 anos de profissão. E o cara que tinha duas mulheres disputando o posto de "companheira"e acabou sendo recebido pela amante na saída do buraco?! Caramba. Gente que se agarrou na camiseta do time (e nem eram campeões da américa) e vários se enrolando na bandeira do país.
Voltar pra casa, né?! Quem não quer? Abraçar os filhos, jogar uma pelada, beijar na boca, contar e recontar todo o acontecido para uma plateia boquiaberta. Cometer mais umas tantas mancadas e corrigir as que der, quem não quer?
Quem tá vivo sabe que de uma hora pra outra tudo pode se complicar muito, mas que o contrário também acontece. Você tá lá, crente que já era a sua última fichinha, "game over" pra ti. Só consegue sentir o peso das toneladas de mundo sobre você e de repente, tchaaraaaaannnnn... bônus!! mais uma vida!!!! E lá vai você de novo, tentar quebrar mais um recorde.
Deu pra notar, né?! Eu fiquei de fato, bobamente emocionada.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Queridos,

O Ao Leite não é um blog sobre política.

Muita gente que convive comigo estranha que não seja.
Minha vida adulta, meus princípios e mesmo meu caráter se construíram dentro de um partido político, fui militante do movimento estudantil, faço hoje parte da diretoria executiva do meu sindicato e falo e (principalmente) penso em política boa parte do dia.
Ainda assim, jamais pensei em manter um blog político.
Primeiro porque não me julgo em condições ainda. Política é coisa séria demais e escrever precisa ser um ato responsável. Em segundo lugar vem minha vontade de fazer do nosso Ao Leite um cantinho de prosa amena, descompromissada. Afinal, em algum momento a vida tem de ser assim, né?! Pra gente não se tornar muito chato e monotemâtico.

Mas há momentos em que não há como se furtar da discussão. Assim sendo, eu convido vocês pra um dedinho de prosa. Pode ser?!

Eu estou vivendo dois processos eleitorais simultâneos, o principal deles vai eleger o futuro presidente do nosso país.
E que me perdoem aqueles que não acreditam mais, aqueles que elencam inúmeros motivos para não acreditar, mas eu verdadeiramente me encanto com o processo eleitoral. Já perdi as contas de quantas panfletagens, quantas conversas pedindo voto, quantas campanhas... Já vi muita gente que não vale nada ganhando eleição à custa de compra de voto e de muita mentira e já vi o tal "voto protesto"em ação comentendo injustiças e burradas fenomenais.
Ainda assim, todo o processo me encanta. Me encanta e emociona a possibilidade de sonhar, discutir e planejar o futuro. Me encanta sobretudo porque eu sei que não foi sempre assim.

E aí começo a chegar onde queria.

É natural que haja excessos em um processo eleitoral, de parte a parte. No calor da batalha é compreensivel que candidatos e militantes partam para um processo de desqualificação de seus adversários. Todos nós eleitores já vimos isso acontecer e com o amadurecer do nosso tempo democrático (ainda tão curto) vamos aprendendo a filtrar as informações, o que faz e o que não faz sentido. O que tem importância e o que é absolutamente irrelevante. Até aí tudo certo.

Contudo, ninguém discorda que um mínimo de ética, de lucidez, uma mininma faísca de caráter é necessário manter, mesmo em tempos de embate.
É importante que seja assim em respeito ao adversário, aos eleitores e em última instância em respeito próprio.

Recebi, encaminhado por uma amiga escandalizada, um email de baixíssimo nível chamando ao mesmo tempo a candidata Dilma Roussef de terrorista, assassina, delatora e claro (porque em se tratando de uma mulher candidata até demorou), vagabunda.

A excrescência dá conta que Dilma teria feito parte de um grupo terrorista responsável por mortes no período da ditadura, que presa teria entregue companheiros e que paralelo a isso teria levado uma vida de depravações que culmina com seu (tchantchantchan...) DIVÓRCIO.

E eu me peguei fazendo um exercício interessante. Tentei me colocar no lugar de Dilma.

Tentei decifrar o que sentiu alguém que viveu aquela guerra, aquele inferno promovido pelos militares que arrasaram um país, que cobriram de vergonha uma nação inteira. O que sente alguém que não ficou debaixo da mesa esperando o temporal ir embora, alguém que sentiu muito medo mas que ainda assim não permitiu se deixar calar, que foi pra rua, que protestou, que ergueu a voz quando as vozes eram silenciadas à bala.

Que sentimento move alguém que deixa a família, que abandona o próprio nome, sua rotina, seus amigos, sua segurança, para defender uma democracia que não está mais em lugar nenhum?
E hoje, o que sente?

Alguém realmente desconhece que hoje pode dar seu sagrado voto à Dilma, ao Serra, ao Tiririca ou a quem quer que seja por conta das batalhas travadas naquele tempo?? Algum dos idiotas que reproduzem material desse tipo realmente acredita que um belo dia seu direito de votar simplesmente caiu no seu colo?
Não.
Não se trata de ingenuidade, nem de vontade de ganhar a eleição, não se trata de ser contra o PT ou detestar o carisma insuportável do Lula. Gente que escreve e reproduz coisas assim é movida por interesse, apenas isso. Nem por ódio, por interesse mesquinho mesmo. O lance do "meu primeiro", entende?
Quem pensa/idealiza/escreve tem interesses maiores é verdade, depois conta com a mesquinhez, com a burrice e a falta de caráter de quem reproduz, mas no fundo, no fundo, são farinha do mesmo saco.

Mas a resposta meus caros, como sempre, tá logo ali na frente.




Em tempo: pensei que tinha apenas salvo um rascunho para corrigir depois. Em vez disso, postei. Perdoem os erros quem leu antes de eu voltar.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Setembro e o post mais umbiguista do ano

E setembro já era.

Eu queria ter escrito sobre tanta coisa, mas foi um mês inacreditavelmente curto. Os dias passaram numa velocidade assustadora e o tempo não foi suficiente. Pra variar.

Tô debruçada num post que eu não gostaria de escrever, mas me obrigo. Logo mais ele vai estar aqui. Espero.

Voltando a setembro. Aqui neste cantinho do sul do mundo onde eu vivo, setembro é mês do gaúcho, por conta das comemorações da Semana Farroupilha e do dia do gaúcho. E é claro que se você não mora aqui no oeste de Santa Catarina, Paraná ou no Rio Grande do Sul, tudo isso pode parecer meio bobo e sem importância. Mas acredite, foi um mês diferente por aqui, viu... E pra quem gosta, foi muito alegre também.
Pra ver mais, clique nos links, ok?!

Setembro também é o mês de aniversário da minha vovó querida.

Dona Laídes completou este ano oitenta e oito voltinhas saltitantes em torno do sol. Linda. Tão linda. Tão forte. Tão doce... E não poderia mesmo ter nascido em outro mês essa gaúcha de valor. Os tempos difíceis, o sol da lavoura, os filhos que a vida levou dela (antes mesmo do nascimento, bebês e o já adulto), todas as dores imprimram nela uma marca leve, quase nem se vê. As feições revelam antes uma vencedora, uma mulher realizada com o amor dos filhos, netos, bisnetos e tataranetos.
Minha vó tem uma risada alta e muito gostosa. Um riso fácil e liberto, como só tem as mulheres que chegam até onde ela está.

E pra esse docinho querido eu dei o presente mais burguês e despolitizado do mundo. Afinal, toda menina merece uma linda boneca, não importa quanto tempo leve. E é o que eu quero para cada dia da vida dela: um mundo de sonhos.
Bem no cantinho do seu sorriso pude ver que minha vozinha amou sua Barbie Noiva, rsrs.

Sem mais, vou deixar vocês com fotos da aniversariante do mês e um vídeo dos meus pequenos competindo no Festival Catarinense de Arte e Tradição Gaúcha - Fecart. Momentos de corujisse desvairada. Marina é a boneca de rosa, Carlos é o mais cacheadinho e gato. E a morena alta de vestido amarelo é a sobrinha dos sonhos de todos (mas que é bem minha!!!!), Helena.

Dona Laídes e seu bisneto mais lindo (na minha opinião, hehe)



Eu com minha vovó querida.
Do celular do Tião, claro. Tô viciada no Polandroid, rsrs.




O vídeo

Bjocas. Comportem-se, mas não exagerem. Até já.


Ps.: O editor mudou e agora não consigo mais fazer os vídeos aparecerem direitinho. Alguém sabe resolver? Para ver melhor é só clicar no vídeo e ir para a página do You Tube, ok?!