terça-feira, 3 de junho de 2008

permeável

Eu sou cheia de manias (também) quando o assunto é leitura.
Leio apenas um livro de cada vez. Dificilmente consigo abandonar um pela metade. Não consigo pular páginas, mesmo as muito maçantes (sabia que tem um monte de gente que lê assim, pulando as partes 'chatas'?).
E eu entro mesmo na leitura, saca? Eu choro (de soluçar), rolo dando gargalhadas sozinha, discuto com o autor em voz alta...
Vai daí que algumas leituras ficam meio complicadas.
Alguém acredita se eu contar que o ótimo 'A Sangue Frio' eu tinha parado de ler porque não conseguia ultrapassar alguns trechos que me faziam um mal danado? A descrição daquela comunidade nos confins do Kansas, a riqueza de detalhes sobre o crime, o vestido cereja da menina Nancy... Aos poucos ia me provocando um mal estar, uma sensação de, sei lá, proximidade com tudo aquilo. Um treco tão incômodo...
Mas é belíssimo, um texto irretocável, genial... Retomei ontem. Agora vai. Acho que o pior já passou.
Detalhe: o livro não vem pra casa comigo não. Fica no trampo esperando uma folguinha, hehehe.
;)

2 comentários:

Zé Diego disse...

As palavras nos confundem com elas proprias, e as confundimos conosco também. uma confusão simbiotica que me parece ser delicioso, ou não, a cada leitura.

Liliane Araujo disse...

Verdade Zé... Palavras bem colocadas agem de forma muito poderosa... Para o bem e o mal.

Obrigada pela visita.