Está tudo tão puxado por aqui...
Estamos acordando antes das sete da manhã, de segunda a sexta. E correndo, correndo muito.
Isso não é de deus, gente. É contra as leis da natureza, contra as profecias (todas).
Não tem cabimento e não faz ninguém feliz acordar a essa hora.
Então, mais do que nunca meu dia da semana é sábado.
É no sábado que percebo o dia, que me apodero dele. Só no sábado.
Sábado é dia de olhar pras unhas, pro armário, pro fogão. É um dia de escolhas. Escolhas preciosas: dormir mais meia hora? Almoçar apenas (e imediatamente) quando tiver fome. Vestir outra roupa que não a de cima, a da frente. Filme? música? Pernas para o ar. Pipoca ou bolo de chocolate? Vestido preto ou estampado? De carro ou caminhando?
Domingo também é bom. Mas o domingo é mais letárgico. Domingo na verdade existe pra gente se recuperar do sábado. Ah, o sábado...
Hoje porém é terça-feira. Nem se avista o danado daqui ainda.
E tome acordar cedinho e fazer tudo no automático.
Sem drama, numa boa. Afinal, as coisas até que tem dado certo. Os prazos tem sido cumpridos, ou quase. Tenho passado despercebida no mundo adulto, semi-integrada à paisagem. Enganando a torcida com maestria na maior parte do tempo.
E o sábado?! Ele chega. E aí a gente respira, aliviada.
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Ps. (ilustrativo): Marina meio perdida no tempo/espaço olha para agenda. Olha para mim. E de novo para agenda da escola. Suspira. Olha para mim mais uma vez:
- Ô mãe... Hoje é terça, quarta, quinta ou sexta?
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