Gosto de me imaginar uma pessoa civilizada. Capaz de ouvir (e ler) o que quer que seja e, com algum esforço, me contrapor com elegância se for o caso.
Odeio quando alguém desfaz esse castelinho. Odeio quando não sobram palavras educadas para argumentar, quando me vejo obrigada a descer do salto e/ou subir nas tamancas.
Mas eis que desde o início da tarde, estou tomada de vontades de fazer mal a um senhor de certa idade. Mais precisamente 79 anos. Mal físico, saca? Tipo, arrancar um pedacinho de sua pele (alva) pra mostrar o que há debaixo dela. Enfim... A imaginação ganha asas nessas horas.
Refiro-me a James Watson, cientista Prêmio Nobel em mil novecentos e guaraná de rolha por pesquisas moleculares, eu acho. Sinceramente... Nem me interessa.
Ocorre que este... Cavalheiro... Utilizando-se do espaço de que dispõe e da fama de 'estudioso', deu recentemente uma entrevista e entre muitos impropérios preconceituosos, expeliu os que reproduzo abaixo:
"Todas as nossas políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles [dos negros] é igual à nossa, apesar de todos os testes dizerem que não"
"Pessoas que já lidaram com empregados negros não acreditam que isso [a igualdade de inteligência] seja verdade."
Diga aí... Tanta gente mais ou menos tomando tundão pelo mundo, e não tem um sangue bom pra pregar a mão no ouvido de um espécime tão merecedor.
Entre suas outras 'bandeiras' estão tratamentos genéticos para embelezar mulheres feias e a possibilidade de aborto caso fosse possível identificar antes do parto um bebê homossexual. Não riam não. Por favor.
Como envergonha.
Que constrangedor ouvir um desgraçado prêmiado, ciente de toda a verdade, proferir tanta merda e saber que vai ter no mundo quem ouça e reproduza isso como 'fato científico'.
Na boa... Esse senhor nos deve desculpas.
Imagem: Ares/Cuba
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