terça-feira, 27 de abril de 2010

Diário de bordo

Quando você só comenta o final de semana no final da terça, é sinal de que a digestão pode não estar sendo fácil.

Chuva.

Fui pra Floripa um dia antes de uma reunião para poder estar em uma palestra. Já comecei com o pé direito, dormindo assim que cheguei no hotel e não perdendo a tal por pura sorte mesmo.

E chuva.

A palestrante era doida e defendia, quase histérica, que a principal, se não a única trincheira de defesa dos direitos das mulheres, é o judiciário brasileiro. Diz a fofa que se a gente gravar as agressões com celular e abarrotar os tribunais com ações, a coisa melhora.
Eu costumo achar graça dessa fé que o povo leva no ato de "meter um processo". Mas quando a pessoa se apresenta como sendo "da área do direito", sinto algo que parece um pouco com vergonha alheia, só que é mais constragedor.

Mais chuva.

Passagem de tempo (porque postar sobre reunião seria o fim).

Continua chovendo.

Em outros tempos eu me perguntaria se fiz algo errado. Hoje a resposta me ocorre de imediato e já não me espanta. É provavel que sim. Mas né... Reflexão pra que se você não pretende mudar mesmo?

Chove, chove, chove.

Com tempo vago, você acha de filosofar. E filosofia em quarto de hotel é o que há. Rola na cama espreguiçando e falando sozinha. Cochila. Liga pros filhos. Tem uma crise de riso lembrando do quanto é desajeitada. Assiste metade de um filme. Pensa besteira e esconde a cabeça no travesseiro, morrendo de vergonha. Cochila mais uma vez.

E a chuva NÃO quer parar.

Amigos queridos que não vemos há tempos. Vê-los de pertinho, rir com eles até ficar com sono... Eis algo que pode salvar qualquer dia de chuva.

Outro dia chega, com muita chuva ainda.

A volta. O vôo não pousa em Chapecó. A chuva apaga as tochas que iluminam a pista, imagino. Quase três horas sacudindo sem parar em um aviãozinho da Ocean. Voltamos ao ponto de partida. No aeroporto, um busão nos esperava para sacudirmos em terra (firme?) por mais dez horas até o lar, doce lar. Chego de madrugada, A-CA-BA-DA.
Não sem antes ser informada, durante um jantar no meio do nada, do resultado do Grenal.

Mas hoje...

A chuva parou!!! Parou. Sem chuva. Parece mentira. Mas não. Parou mesmo.

4 comentários:

Fantasma disse...

Poxa, depois de tudo isso o grenal não te agradou, que pena, aqui meu tricolor não me agradou tbm levou 1x0 e pior gol roubado(sempre assim), mas gostei do texto. abraçooooooooooooooooo

Liliane Araujo disse...

Pois é, confesso que o mais doído foi mesmo os 2X0 no grenal. Gol afanado dói, né? Fazer o que...
Abraço grande.

Abobrinhas Psicodélicas disse...

Realmente, o pior de tudo foi o resultado do grenal... Vi o jogo: o Inter não jogou absolutamente nada no segundo tempo! Pra te consolar, vou te mandar, por e-mail, uma piadinha politicamente incorreta sobre o Grêmio...rs...

Bjs.

Liliane Araujo disse...

Adorei a piada, rsrsrs... Tem alguma de argentino?

Bjo.