sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

M & M


Porque eu assisti essa semana esse filme fofo.

Porque até o mestre Saramago fez esse post hoje.

E porque nunca é demais lembrar do que faz bem... 

Eu vou correr o risco de alguns de vocês me acharem meio vazia e deixar, abaixo, esse presente enderaçado a quem possa sentir-se tocado por ele.

Nossa Mel

"Nossos animais de estimação têm vida tão curta e, ainda assim, passam a maior parte do tempo esperando que voltemos para casa todos os dias. É impressionante quanto amor e alegria eles trazem para nossas vidas, e quanto nos aproximamos uns dos outros por causa deles..." (Marley e Eu - John Grogan)

Pra vocês, dias com tudo que houver de mais gostoso. Bom findi!


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cinzas...


E um tal Marco Ribeiro, Dublador do ator Sean Penn, se recusou a fazer a voz para o filme Milk – A voz da igualdade no Brasil. Motivo? O personagem em questão é um político gay, ativista pela causa homossexual.

Com o perdão da palavra... Que merda, viu!

Eu juro que tentei passar batido, desviar da poça, tapar o nariz, assoviar uma linda canção, respirar no saquinho mas, ai que merda!

Quando coisas assim acontecem, me fazem sentir longe de casa, expatriada. Algo do tipo: “Não posso estar em casa. Não.”

Por que eu tenho um orgulho danado daqui. Da nossa diversidade, da nossa capacidade de conviver, de receber, de querer saber só o primeiro nome(ou apelido), de misturar temperos, sotaques, batidas... Até da nossa mania de tocar nas pessoas eu me orgulho.

Isso existe. É verdade. Como povo, somos assim. Somos um povo bom, trabalhador e sorridente (e se você discorda, dê uma olhada nos terminais de ônibus ou metrô da sua cidade entre seis e oito da manhã). Temos uma capacidade enorme de adaptação e superação de dificuldades.

E claro, eu sei que todas as formas de preconceito atingem o mundo todo, mas é que quando vem de nós, me fere mais.

Que o sistema seja mau, que a chamada velha elite dominante seja burra, preconceituosa e mal intencionada, vá lá.

Mas trabalhador, gerentinha de lojinha (ou lojona) que manda vigiar de perto a negra que acabou de entrar; um profissional de dublagem que se recusa a dublar um gay... Taí, essas coisas realmente me deixam triste. Triste a ponto de olhar meus pequenos e ficar envergonhada.

Ouvi dizer que o tal cara é pastor. Aí eu é que preciso exercitar ao máximo minha tolerância porque não posso (não quero mesmo) dizer que gostaria de estar surpresa, mas não estou.

Eu comentei nesse Blog (muito bom), e recebi essa resposta muito bacana:

"Poxa, Lili, eu não sabia desta calhordice do dublador não. Azar o dele, que não vai participar de todo o bem que o filme tem disseminado. De repente serão as repercussões desta recusa que o farão mais tolerante. The world works in mysterious ways indeed. ;-)"

Mas nem isso consolou hoje.

Até quando a gente vai ter que caminhar assim a passos tão lentos, num mundo cheio de problemas sérios e ainda aturar essa parcela de gente que enxerga quando muito o próprio umbigo. O umbigo e claro, a cor do outro, a origem do outro, a vida do outro... Essas sim, sempre devidamente monitoradas.



La Culpa

Preguiça, churrasco;

Preguiça, docinhos;

Preguiça, bebidinhas;

Preguiça, feijoada...

Que feio, que feio, tcstcstcs...

E segue...

Preguiça, trabalho!!

Eu não li O Segredo. Eu sabia que devia ter lido. Eu sei que lá tem uma coisa sobre mudar a vibração, a frequência (sem trema, que angústia!). Determinar-se. Bah! Eu devia ter lido.

* * * * *
Ps.:
Leiam isso! Ou só olhem a foto, que mostra o extremo de que o bicho homem é capaz quando se fala de destruição e redenção.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vocês viram?


Tudo de mais lindo a fala do roteirista Dustin Lance Black, de Milk - A Voz da Igualdade. 
Corajosa e emocionante. 



A Poderosa na premiação do Oscar 2009. De esmeralda, bocão e maridão.
Abaixo fotos dela. Passeando  com as filhotas na semana passada e no Oscar ontem.

UPDATE!!! "Ela quer é aparecer..." Aahhhh... jura?! Só ela, né?
Quem não quer aparecer faz concurso pro fórum, honey. Claraarooo que ela quer aparecer. 




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Uma ofegante epidemia


- Moço, o senhor viu pra que lado foi o bloco com camisetas iguais a essa?

- Você perdeu um bloco inteiro, foi?

Dito assim, soou mesmo engraçado. Era isso. Estava lá, na maré obrigatória de euforia, mostrando a quem passasse o quanto era saudável, adequada e irremediavelmente feliz. E no instante seguinte, todos tinham sumido. A prima, sua única referência naquele lugar, havia desaparecido levando com ela o amigo insuportável, com jeito de esnobe nativo e tarado convicto.

- Pro senhor ver...

- Carnaval é assim, filha. - O vigia do banco consolou com uma gotinha doce de nostalgia na saliva Foram em direção à rua da praia. Passaram faz uns dez minutos.

Dez minutos? Sério? Não podia ter se "ausentado" por tanto tempo. Lembrava de estar bebendo alguma coisa num imenso copo de plástico. Ainda sentia o cheiro forte de cachaça e um gosto muito açucarado na boca.

Uma construção, um velho casarão restaurado com janelas quadriculadas e uma viva pintura, tinha chamado sua atenção. Decidiu sentar num banquinho em frente a ele talvez para admirá-lo. Não... Foi pra descansar. E pra se livrar daquele copo.

Respirou um pouquinho, pelo que se lembrava.

O namorado foi embora, e pensando nos motivos dele ela queimou três fornadas seguidas. A rua toda ficou sem pão quente naquele dia. 

Quando se viu também sem emprego, tentou cancelar a viagem. Precisava tanto das suas coisas. Suas almofadas, seu cachorro, os cheiros de sua casa, o barulho familiar dos vizinhos.

Já não dava mais tempo. A prima que esperava o casal o mês todo, argumentava agora que não havia lugar nem oportunidade melhor pra esquecer os problemas. Assim chegara até ali.

 - Até o bloco eu perdi! Pensou em voz alta e achou aquilo ainda mais engraçado.

De longe já podia vê-los. Até da lua se poderia ver camisetas naquele tom histérico de amarelo. Não estava certa que conseguiria. A música, aquela bebida horrível... Pensava se mais alguém ali estaria forçando tanto o riso quanto ela.

Já estava bem perto.

Sua prima sorriu tão aliviada que pareceu cruel não retribuir o carinho.

-  Meu Deus, você tá aí! Que houve?

- Parei pra descansar! Gritou gesticulando.

- Quer ir pra casa? Eu imagino como você deve estar...

- Então, alguém imagina. Ou pelo menos se esforça pra imaginar...Taí uma informação valiosa. - Disse pra si, um tanto aliviada.

A praia estava logo ali. O amigo insuportável tinha sumido e dava pra ver não muito longe uma barraquinha onde se lia "Cerveja Gelada R$5,00". Uma pichincha de carnaval.

- Quero não. Mas segura minha mão pra eu não ficar pra traz outra vez.

Pulou até o sol nascer.

Dormiu até de tardinha.

Quase morreu de dor de cabeça.

Tomou Tylenol e um sopão indecifrável.

Começou tudo de novo.

 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Filminhos da (minha) semana


No cinema, A Troca.
Sabe filminho de passar raiva? Aqueles daquelas histórias baseadas em fatos reias?? A mãe tem o filho sequestrado... 
Pra completar, tem um monte de gente louca que tenta convencer a coitada a aceitar um outro menino no lugar (???). 
Se você tem prevenção com os 'puliça' daqui, vai ver os de L.A. Bah! 
Mas tri bem feitinho. Anos trinta, Angelina Jolie concorrendo ao Oscar...





No Telecine, Amor e outros desastres
Todo mundo já viu e comentou. Paciência, eu não tinha visto. 
Perfetinho. Descontraído e divertido. 
Uma delícia. Assista.








Na madrugada de insônia, Com licença eu vou à luta
Década de 80. Cinema nacional. Vários Kikitos. 
Baseado em romance autobiográfico (jura?!) que conta a história de uma adolescente que se "liberta" engravidando de um namorado 18 anos mais velho e fugindo de casa.
BOMBA. Vá dormir. 

Notícia Velha...


Vocês viram, eu nem comentei...

É que tá perdendo a graça já.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mostrando quem manda


- Filhão, vai tomar seu banho enquanto a mana prova esse vestido. Depois ela vai.

- Tá.
...

- Carlos... Vai tomar seu banho pra gente ganhar tempo. 

- Tô indooo.
...
...

- Pronto filhota, pode tirar o vestido agora. Tá bem bonito.
- Carlos! A-GO-RA! Pro banho. Não vou falar outra vez.

- Mas mãe, por que eu tenho que ir primeiro se a Marina já tá até sem roupa??


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Prendas


O que faz você se sentir uma pessoa independente, poderosa? O que te dá aquela sensação gostosa (ainda que tão equivocada) de ser autossuficiente?

Quando eu era menina, achava que ser independente era dirigir. Dirigir e ganhar dinheiro.
Cá estou. Dirigindo horas por dia, ganhando algum dinheiro e, claro, reformulando alguns conceitos usando como critério aquela máxima de que "verde mesmo é a grama do vizinho".

Experimento vez ou outra essa sensação de poder quando faço coisas para as quais não tenho a menor aptidão. 

Neste final de semana por exemplo, me senti às margens do Ipiranga, vento no rosto, coração apertado no peito. Montada no meu cavalo branco, uma mão segurando firme as rédeas do meu destino e a outra... um pão. Sim, um pão. Igual ao repartido por Cristo. Melhor, com fermento. UM PÃO FEITO POR MIM. 

Nada de padaria e pão de forma no fim da tarde. 
Margarina derrentendo no pão caseiro, quentinho...
Juro, ficou tão parecido com o da mamãe.
E as crianças alimentando o monstro com elogios rasgados. 
Isso é que é poder!

Mudando de assunto, mas não muito... 

Ontem numa dessas lojas de departamento que tem em todo o país, presenciei uma cena que francamente, me assustou. 

Blecaute. Só as luzes de emergência ligadas.
No caixa, uma mocinha passando um sufoco medonho pra fazer os cálculos de troco.
Detalhe: Tinha calculadora manual sim. Só não tinha o programinha do computador que faz a continha e diz: TROCO: x. 

Uma conta de R$ 55, 97. A cliente dá uma nota de cinquenta e outra de vinte reais. A caixa não tem troco, precisa aguardar que alguém reponha. Chega o marido da cliente e pergunta à funcionária: Tenho uns trocados, quanto você acha que ajuda? Ela olha pro cara, olha pro computador, olha pro dinheiro e completamente em pane responde constrangida: Acho melhor a a gente esperar. Esperar trazerem o dinheiro do primeiro troco que ela tinha calculado, entendem? Pra não refazer a conta!!!!!!

É amigos, independência envolve operações simples de matemática.

Ps.: Sabe o pão? Eu fiz na máquina. Mas conta também, ?


Dica