domingo, 31 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Tudo como deve ser
Dia dourado se encerrando com um lindo pôr-do-sol depois das oito da noite. Eu poderia tentar descrever a cena deste entardecer, seus barulhinhos, seus pássaros e grilos. As cores. O gosto de tudo isso. Mas meu palpite, é de que vocês já sabem.
Bom findi.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Dia de Isaura
Tô usando esse tracinho de nada de sinalzinho furtado de net pra dizer um oizinho. Oizinho, então.
Minha trilha sonora pra faxinar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Cabô
Vista do hotel do comecinho das férias. Fofo, vai...
domingo, 24 de janeiro de 2010
Pandora, meu golfinho assassinado e a inesperada visita de sua descendência
No último dia de uma dessas temporadas, eu devia estar com uns dezessete anos, acordamos todos muito cedo para organizarmos nossas coisas e deixarmos a casa. Algo em torno de cinco e meia da manhã. Resolvi aproveitar os últimos minutos e fui até a praia me despedir do mar. Não lembro se havia alguém comigo, acho que não.
A cena que me aguardava jamais me abandonou.
Ali na areia, morto, muito machucado, havia um grande golfinho.
Já os tinha visto outras vezes, de longe, depois da arrebentação. Estavam sempre acompanhados, passeando despreocupados ou pulando exibidos para uma plateia boquiaberta.
Lembro de ter ficado completamente sem ação. Procurava com os olhos no horizonte, para um lado e para outro, alguém que pudesse nos ajudar, a mim e a ele. Mas incrivelmente, estávamos sós naqueles minutos tão tristes. Fiz companhia o tempo que me foi possível, chorando sentida numa espécie de velório que durou até a chegada de um homem que vinha de longe dizendo com sotaque bem manezinho: -Que judiaria, né? Será que foi rede?
Tudo isso não deve ter durado mais que alguns poucos minutos. Na volta à casa, contei o que tinha visto, mas vocês sabem a atenção dada ao sofrimento adolescente. Assim, sem plateia, meu luto acabou sendo bastante curto.
Avaliando agora, penso que a cena era de fato forte. E que talvez hoje, ela tivesse ainda mais impacto em mim, pela simbologia que na época me fugia, ao menos conscientemente.
Muito ocasionalmente lembro do meu amigo do mar.
Ainda outro dia, assistindo à deliciosa aventura Avatar, com toda a poesia de seus personagens tão inegavelmente conectados à natureza do mundo em que vivem, aquela imagem voltou a me visitar. Talvez naquele choro adolescente houvesse também uma conexão parecida. Um palpite de que os ferimentos naquele ser tão majestoso quanto indefeso, pudessem também me atingir.
Eis que hoje, retornando para o que resta das minhas férias, de volta à barraquinha, saio para um passeio pela praia. Depois do banho de mar, quando me preparava para voltar, as pessoas na areia começam a apontar para além da arrebentação. Procuram os filhos, sacam as filmadoras, os celulares modernosos. - Mira, mira! - Olha filho, lá bem no fundo. Fica olhando, já vai aparecer.
Lá estão. São três. Passeiam alheios ao burburinho. Não estão dispostos a muitos saltos. Fico imaginando que talvez estejam ainda um tanto ressentidos.
Com os pés grudados na areia e um arrepio correndo pelo corpo, observo toda a passagem deles, que se afastam, que somem mar adentro.
E, se me sinto conectada vez ou outra àquela dor de seus ferimentos, também experimento agora algo de sua liberdade. É meu presente de final de férias.
Ps.: Texto dedicado a Volnei, pai de Anita. Capaz de enxergar as muitas conexões. Bom homem e bom amigo que aniversariou semana passada.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Momento Lindo
Café com leite e bobagem
E o barulho do dilúvio entrava no meu sonho.Ventava também, eu acho. Ou era sonho, não tenho certeza.
To tão orgulhosa da minha barraquinha. A bichinha é tão valente.
Na verdade, não fosse minha tão bem disfarçada modéstia, diria que estou orgulhosa de mim, que montei a danada com tamanha maestria que vento nenhum, nem maral nem terral, pode com ela.
Verdade que não montei sozinha, mas supervisionei cada etapa da obra, e foi minha a idéia ( e posterior execução) de dobrar o número de ferrinhos de fixação no chão.
Vocês viram, né? Cara nova pro Ao Leite. É nisso que dá a tríade férias-praia-chuva. Talvez mude mais, talvez não. Tão gostando?
Você trabalha com que? Seu trabalho é lidar com momentos extremamente felizes? Ajuda a escolher flores, presentes e músicas destinadas a proporcionar noites inesquecíveis? No seu trabalho você orienta pessoas a gastar dinheiro (as vezes muuiiitooo dinheiro) e ainda recebe gratidão eterna, além da justíssima remuneração?
No meu não. Nem perto. Mas essa amiga querida, vive assim. Não é um luxo isso? Entra lá. Olha pra isso. É ou não é um mundo paralelo, muito mais fofo?
Ninguém me pagaria pra fazer algo assim, ninguém. E Deus sabe que estão certos. Mas isso tudo é a cara da Nani. Ela merece.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Salve Tião!!!
Meu mano querido aniversaria hoje. Nosso Tião.
Tão lindo, inteligente, paizão. Tão parecido comigo, tão diferente de mim.
Dividimos um certo vício por tecnologia e uma fé meio boba na vida. Rimos juntos quando tudo dá errado, quando somos apanhados em nossas trapalhadas vida afora. Ainda rimos.
Uma vez ele me escreveu: "Duas coisas na minha vida nunca vão mudar: sou gremista e sou seu irmão".
Embora lamente sua opção pelo sofrimento no mundo do futebol, a certeza da presença dele é uma sensação tão reconfortante, tão encorajadora que só quem tiver a sorte de um mano assim, poderá entender.
Fazia tempo que não passava um aniver longe dele. Agora aqui na barraquinha fico imaginando que ele está lá na casa nova dele, cercado de amor, inaugurando a churrasqueira e celelebrando.
Longe de ficar triste, me transporto também pra lá, pra um abraço apertado. Estamos todos juntos.
Feliz aniver de novo, cariño. Felicidades mil pra nós.