sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tudo como deve ser

Eu e Melzinha sozinhas em casa no final da tarde de sexta. Assistindo comédias românticas e devorando marshmallows. Tá. Só eu assisti. Mel dormiu enrolada nos meus pés. Mas devorou os docinhos antes.
Dia dourado se encerrando com um lindo pôr-do-sol depois das oito da noite. Eu poderia tentar descrever a cena deste entardecer, seus barulhinhos, seus pássaros e grilos. As cores. O gosto de tudo isso. Mas meu palpite, é de que vocês já sabem.
Bom findi.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Dia de Isaura

Nada de glamour, hoje. Pilhas de roupa pra lavar. Muita coisa pra colocar em ordem. Bem muita.
Tô usando esse tracinho de nada de sinalzinho furtado de net pra dizer um oizinho. Oizinho, então.
Minha trilha sonora pra faxinar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cabô


Pois é. Amanhã, a volta pra casa. Por isso este post só vai ter imagens. Imagens cuja missão é agora aprisionar um pouco da delícia destes dias.

Vista do hotel do comecinho das férias. Fofo, vai...

A Menina de Papel, parceria inabalável (pra hotel, of course, hehe)


A barraquinha e a rede


Mãe covarde no parque aquático (merece post à parte)

Pra quem estava a trabalho no meio das férias, a vista até que era bonita, né? O mar tá lá, bemmm no fundinho.

Antes do cineminha

La siesta

A visão deles brincando. Minha favorita.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pandora, meu golfinho assassinado e a inesperada visita de sua descendência

Durante toda minha infância e adolescência, alugavámos casas para passarmos alguns dias das férias de Janeiro no litoral. Mesmo antes, quando ainda morávamos em Floripa, nunca moramos perto da praia. Então, quando os parentes que viviam no oeste chegavam, íamos todos para perto do mar. Bons tempos.

No último dia de uma dessas temporadas, eu devia estar com uns dezessete anos, acordamos todos muito cedo para organizarmos nossas coisas e deixarmos a casa. Algo em torno de cinco e meia da manhã. Resolvi aproveitar os últimos minutos e fui até a praia me despedir do mar. Não lembro se havia alguém comigo, acho que não.

A cena que me aguardava jamais me abandonou.

Ali na areia, morto, muito machucado, havia um grande golfinho.

Já os tinha visto outras vezes, de longe, depois da arrebentação. Estavam sempre acompanhados, passeando despreocupados ou pulando exibidos para uma plateia boquiaberta.

Lembro de ter ficado completamente sem ação. Procurava com os olhos no horizonte, para um lado e para outro, alguém que pudesse nos ajudar, a mim e a ele. Mas incrivelmente, estávamos sós naqueles minutos tão tristes. Fiz companhia o tempo que me foi possível, chorando sentida numa espécie de velório que durou até a chegada de um homem que vinha de longe dizendo com sotaque bem manezinho: -Que judiaria, né? Será que foi rede?

Tudo isso não deve ter durado mais que alguns poucos minutos. Na volta à casa, contei o que tinha visto, mas vocês sabem a atenção dada ao sofrimento adolescente. Assim, sem plateia, meu luto acabou sendo bastante curto.

Avaliando agora, penso que a cena era de fato forte. E que talvez hoje, ela tivesse ainda mais impacto em mim, pela simbologia que na época me fugia, ao menos conscientemente.

Muito ocasionalmente lembro do meu amigo do mar.

Ainda outro dia, assistindo à deliciosa aventura Avatar, com toda a poesia de seus personagens tão inegavelmente conectados à natureza do mundo em que vivem, aquela imagem voltou a me visitar. Talvez naquele choro adolescente houvesse também uma conexão parecida. Um palpite de que os ferimentos naquele ser tão majestoso quanto indefeso, pudessem também me atingir.

Eis que hoje, retornando para o que resta das minhas férias, de volta à barraquinha, saio para um passeio pela praia. Depois do banho de mar, quando me preparava para voltar, as pessoas na areia começam a apontar para além da arrebentação. Procuram os filhos, sacam as filmadoras, os celulares modernosos. - Mira, mira! - Olha filho, lá bem no fundo. Fica olhando, já vai aparecer.

Lá estão. São três. Passeiam alheios ao burburinho. Não estão dispostos a muitos saltos. Fico imaginando que talvez estejam ainda um tanto ressentidos.

Com os pés grudados na areia e um arrepio correndo pelo corpo, observo toda a passagem deles, que se afastam, que somem mar adentro.

E, se me sinto conectada vez ou outra àquela dor de seus ferimentos, também experimento agora algo de sua liberdade. É meu presente de final de férias.




Ps.: Texto dedicado a Volnei, pai de Anita. Capaz de enxergar as muitas conexões. Bom homem e bom amigo que aniversariou semana passada.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Momento Lindo

Twittando sem Twitter pra dividir com vocês a informação valiosa de que hoje, depois de DOZE, (12), eu disse XII noites dormindo no colchonete da barraquinha, cá estou no quartinho de um hotel onde me aguarda um colchão de verdade, daqueles com molinhas e tudo.
Reunião amanhã... É 2010 me chamando. Mas logo estarei de volta na minha valente cabaninha.
Bom, deu pra ver por que eu não tenho Twitter. Acho que passei de 140.

Café com leite e bobagem

Galerinha, choveu tanto essa noite, tanto...
E o barulho do dilúvio entrava no meu sonho.Ventava também, eu acho. Ou era sonho, não tenho certeza.
To tão orgulhosa da minha barraquinha. A bichinha é tão valente.
Na verdade, não fosse minha tão bem disfarçada modéstia, diria que estou orgulhosa de mim, que montei a danada com tamanha maestria que vento nenhum, nem maral nem terral, pode com ela.
Verdade que não montei sozinha, mas supervisionei cada etapa da obra, e foi minha a idéia ( e posterior execução) de dobrar o número de ferrinhos de fixação no chão.




Vocês viram, né? Cara nova pro Ao Leite. É nisso que dá a tríade férias-praia-chuva. Talvez mude mais, talvez não. Tão gostando?

Você trabalha com que? Seu trabalho é lidar com momentos extremamente felizes? Ajuda a escolher flores, presentes e músicas destinadas a proporcionar noites inesquecíveis? No seu trabalho você orienta pessoas a gastar dinheiro (as vezes muuiiitooo dinheiro) e ainda recebe gratidão eterna, além da justíssima remuneração?

No meu não. Nem perto. Mas essa amiga querida, vive assim. Não é um luxo isso? Entra lá. Olha pra isso. É ou não é um mundo paralelo, muito mais fofo?

Ninguém me pagaria pra fazer algo assim, ninguém. E Deus sabe que estão certos. Mas isso tudo é a cara da Nani. Ela merece.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Salve Tião!!!

Com o devido respeito, se encolha aí, viu São Sebastião, que estou falando de outro Tião.

Meu mano querido aniversaria hoje. Nosso Tião.

Tão lindo, inteligente, paizão. Tão parecido comigo, tão diferente de mim.

Dividimos um certo vício por tecnologia e uma fé meio boba na vida. Rimos juntos quando tudo dá errado, quando somos apanhados em nossas trapalhadas vida afora. Ainda rimos.



Uma vez ele me escreveu: "Duas coisas na minha vida nunca vão mudar: sou gremista e sou seu irmão".



Embora lamente sua opção pelo sofrimento no mundo do futebol, a certeza da presença dele é uma sensação tão reconfortante, tão encorajadora que só quem tiver a sorte de um mano assim, poderá entender.



Fazia tempo que não passava um aniver longe dele. Agora aqui na barraquinha fico imaginando que ele está lá na casa nova dele, cercado de amor, inaugurando a churrasqueira e celelebrando.

Longe de ficar triste, me transporto também pra lá, pra um abraço apertado. Estamos todos juntos.



Feliz aniver de novo, cariño. Felicidades mil pra nós.

De volta... Ou quase

Longas férias. Necessárias. E merecidas.
E ainda não acabaram. Escrevo pra vocês direto da praia, da minha barraquinha, onde nesse minuto venta horrores, mas não chove, ainda.
O ano passado, ou pelo menos a segunda parte dele, foi de muita mudança. Sabe aquelas famosas voltas que a vida dá? Pois então... Mudamos de endereço, de função no trabalho e de telefone. Mudanças essas que foram produzindo um efeito cascata, alterando nossas rotinas, enfim...

Isso pra não falar do campo pessoal, sobre o qual, em nome da elegância, não mencionarei nada além do fato de me encontrar novamente solteira.

Algumas mudanças produzem dor. E a dor me cala. O som da minha voz lamuriando, chorando pitangas, sempre me soa tão cínica, me irrita tanto que eu me calo, me escondo, emudeço pela absoluta falta de algo interessante pra dizer.

Mas agora já dá pra tentar.
Preciso mostrar (enfim) o apartamento novo, contar da minha nova aquisição aqui na praia, mostrar fotos das férias...
Uma coisa de cada vez e sem pressa, afinal as férias ainda não acabaram. Por enquanto, fotinho da minha atual residência. Que ela aguente bravamente essa noite de ventania.