quarta-feira, 31 de março de 2010

Palavrões velados, expressões inexistentes e gírias do Rio Grande... ou Post quase cifrado.


As pessoas querem ser levadas a sério. Sobretudo quando estão emitindo "opiniões". Mas nem todo mundo se ajuda, vai.

Barbaridade... Traçar perfil psico-sociológico de campeão de BBB? E com base na confiável edição da Globo?? Elaborar uma contundente análise da sociedade brasileira com base na votação de um reality show??? Sério?

Vai ser classemediamanoelcarlista assim lá longe.

Mas eu, que não pretendo mesmo ser levada tão a sério, deixo aqui duas ponderações bestas sobre o tema:

Primeira: Me pareceu um f*dido, em quase todos os sentidos. Tendo todas as suas asneiras, proferidas ou tatuadas, absurdamente valorizadas. Botou um grana medonha no bolso. Sorte dele. Eu gosto de ver gente lascada se ajeitando. Amém.

Segunda: O gaudério diz que é Colorado. Prestenção!!! Colorado e agora detentor de fama instantânea e plata.

Bóra Fernando Carvalho, bota essa cachola pra funcionar. Já que como dirigente tu estás uma m*rda, pelo menos veste a miss simpatia que habita teu corpo, vai lá. Vê se descola com o moço uns pilas ou um patrocinador parrudo, e compra um atacante pro meu time.

Ps.: Tensão Pré-jogo. Esse time ainda acaba comigo.


segunda-feira, 29 de março de 2010

Inadequação


Em um mundo no qual as mulheres tratam o próprio corpo como um delito a ser ocultado/repreendido/mascarado, e homens compram no Paraguai o sonho (??) de cinco horas de ereção, nenhuma imagem poderia ser mais alentadora.


Existe ainda o mundo real, né?
Diga que sim.
Diga pra mim que ali logo em frente o sexo não é maratona, não é prova de resistência, eliminação ou elasticidade.
Que ainda há quem pense que ele serve pra nos fazer bem, nos dar prazer, apenas.
Me conte que ouviu falar de gente que se excita com palavras sussurradas ao pé do ouvido ou com um olhar malandro.
Confere pra mim se em algum lugar ainda é praticado por adultos normais de formas, cores, idades e tamanhos variados.
Se sobrar um tempo, traga, pra meu feliz assombro, a notícia de que "pau amigo" é uma marca de vibrador, e não uma expressão que pretende designar uma espécie nova de (?) relacionamento (?).
Eu sei. Tenho certeza de que foi só impressão minha. Claro.
Mas diga assim mesmo, que eu estou ficando um tantinho assustada.

segunda-feira, 22 de março de 2010


A Páscoa é meu feriado preferido e o motivo é um óbvio ululante. A ideia de, uma vez por ano, ganhar mais chocolate do que eu teoricamente seria capaz de comer é excitante. Ponto.

Adoro fazer aniversário. A-do-ro. Isso provavelmente se deve à minha dificuldade de progresso cognitivo e intelectual que não me permite juntar "aniversário + passagem do tempo". A ervilha gigante que mora debaixo desse tanto de cabelo só associa aniversário à oportunidade de reunir os mais amados, beber espumante, ganhar carinho e presentes. Ponto.

A Páscoa, esse ano, cai no meu aniversário. Daí vocês deduzam o resto. Nem eu posso comigo.

Espero que papai do céu esteja vendo (na verdade, ele e no mínimo mais duas ou três pessoas) meu esforço de quaresma em me tornar um ser humano melhor e merecedor de todo chocolate que há no mundo, porque olha, chega a ser ridículo.


Ps.: Meu colorado segue me fazendo passar muuuuita vergonha. Junte-se às provações da quaresma.


quarta-feira, 17 de março de 2010

Há dias, nem todos, mas alguns, em que meu poder de sublimação/superação/abstração surpreendem até a mim. Não sei se creio que haja mesmo alguma serventia nisso. Mas tem dias, querido leitor, que eu sou Phoda.

segunda-feira, 15 de março de 2010

1910 - 2010


Meu avô morreu neste final de semana. Cem anos. Bom, digno e sereno.
Quero escrever sobre, mas não agora.
Seguimos.

Uma semana linda pra todos nós.

sábado, 13 de março de 2010

Sempre não é todo dia

É razoável supor que para escrever, compor, pintar, cantar, manifestar-se artisticamente de qualquer forma, é preciso estar inundado por determinado sentimento, não?
Veja bem, é uma pergunta. Eu imagino que seja mais ou menos assim.
Falar de dor quando se está imerso nela, compor uma linda canção de amor quando se está apaixonado e por aí vai.
Mas, uma espécie de "caminho inverso" também existe. Pelo menos aqui, em mim.
Há determinados sentimentos sobre os quais só consigo escrever ou mesmo ler e ouvir, quando eles estão distantes, bem longe mesmo.

É assim também, não é?
Não?

Mas por que diabos eu estou falando disso? Explico.

O final do arco-íris (vide penúltimo post) cá está, e nele me dei ao luxo de revirar meus DVDs de shows que eu amo.
E para começar o dia, ele, sempre lindo: Oswaldo Montenegro.
Apenas porque hoje dá. E não é sempre que dá.
Eu adoro, eu gosto de verdade.

Tem quem deteste. Tem quem ache chato demais.
Eu não vejo muita TV, mas soube que fizeram umas matérias sobre um apartamento que ele pintou e que ficou meio insólito.
Cogitaram que talvez ele esteja meio "fora de órbita", e eu digo: Conte-me algo que eu não saiba.

Ele está nas minhas gavetas, prateleiras e lembranças há tanto tempo que acho que a argumentação sobre o assunto tornou-se desnecessária.
Lembro que na adolescência eu tinha uma fita cassete original (vocês lembravam que isso existia?) do cara. E que ela arrebentava e eu colava, e em seguida pedia: canta pra mim, vai... Nunca falhou.

Pouco depois, nos anos de Escola Técnica eu fiz um ano e pouco de coral, e minha favorita do nosso repertório era Bandolins. Só eu gostava, eu acho. Isso porque era difícil demais, parecia que nunca ficava boa, não importava o quanto ensaiássemos (lembra Jana? Lembra Nani?). Mas eu amava.
Mas ouvi-lo, pra mim não é tarefa de qualquer dia.

Há que ser um dia claro, sem nuvens. Meu peito precisa estar leve porque mesmo com as canções mais alegres, ele vai revirar sentimentos que eu sempre guardo tão escondidinhos... Sensações que eu até que gosto de ter, mas que nem sempre me são suportáveis.

Mas sou só eu? Pra você dá, assim, sem qualquer cautela, para ouvir versos como esses:

"Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pra eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim, meu verdadeiro abrigo"
(Se puder, sem medo)

Ou


"Eu insisto em cantar
Diferente do que ouvi
Seja como for, recomeçar
Nada há, mas há de vir"
(Travessuras)

Hoje deu. Que bom.

terça-feira, 9 de março de 2010

Marry me

Gente, olha pra isso:
Suíte Nupcial. Que coisa mais fofa.
Diz que tem hidromassagem, é toda climatizada, tv à cabo e internet.
Deve ter também casais escondidos embaixo de cada tapete, se recusando a deixar as acomodações, oferencendo para tanto o dobro da diária, o triplo, a mãe da noiva, uma obturação de ouro e, por fim, a noiva mesmo.

Não me sai da cabeça. Um mundo melhor é mesmo possível.

Deste hotel.

Não. Eu já tentei. Parece que é só pra quem casa mesmo.
:P

No final do arco-íris tem um sábado

Está tudo tão puxado por aqui...

Estamos acordando antes das sete da manhã, de segunda a sexta. E correndo, correndo muito.

Isso não é de deus, gente. É contra as leis da natureza, contra as profecias (todas).

Não tem cabimento e não faz ninguém feliz acordar a essa hora.

Então, mais do que nunca meu dia da semana é sábado.

É no sábado que percebo o dia, que me apodero dele. Só no sábado.

Sábado é dia de olhar pras unhas, pro armário, pro fogão. É um dia de escolhas. Escolhas preciosas: dormir mais meia hora? Almoçar apenas (e imediatamente) quando tiver fome. Vestir outra roupa que não a de cima, a da frente. Filme? música? Pernas para o ar. Pipoca ou bolo de chocolate? Vestido preto ou estampado? De carro ou caminhando?

Domingo também é bom. Mas o domingo é mais letárgico. Domingo na verdade existe pra gente se recuperar do sábado. Ah, o sábado...

Hoje porém é terça-feira. Nem se avista o danado daqui ainda.

E tome acordar cedinho e fazer tudo no automático.

Sem drama, numa boa. Afinal, as coisas até que tem dado certo. Os prazos tem sido cumpridos, ou quase. Tenho passado despercebida no mundo adulto, semi-integrada à paisagem. Enganando a torcida com maestria na maior parte do tempo.

E o sábado?! Ele chega. E aí a gente respira, aliviada.

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Ps. (ilustrativo): Marina meio perdida no tempo/espaço olha para agenda. Olha para mim. E de novo para agenda da escola. Suspira. Olha para mim mais uma vez:

- Ô mãe... Hoje é terça, quarta, quinta ou sexta?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Faz tempo que eu queria te mostrar

Tem umas fotos que eu fui tirando pra mostrar aqui. E não rolou. E elas foram ficando.
Finalmente aí estão, todas juntas, formando de repente um mosaico do que foi esse verão.

Primeira jaboticaba da Eleonora (nossa jaboticabeira que mora na sacada. Já falei dela?)

A mesa enfeitada pro natal. E aquele ali é o Oscar, nosso beta (sim, eu troquei a água do aquário)

Minha parede amarela, meu quadro laranja e a bagunça de sempre vistos do fundo do sofá.

Essa já é da viagenzinha no carnaval. Quando eu digo que moro no interior, é a isso que me refiro.

Foto top da modalidade "narcisista sem cabimento". É que adorei unha do carnaval e o ônibus não chegava nunca.