
E estava bonito que só...
Na entrada do estádio, alguém aos berros. Um mocinho duro de trago, mamado... Borracho mesmo. Alguém que eu, sem sombra de dúvida, não conhecia.
No que olhei pro figura, ele larga: - É. Você mesmo. Eu te aaamo!
Deus abençoe os bêbados engraçados e que não conseguem caminhar na mesma velocidade que a gente.
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Um cara com os ombros da largura de um roupeiro de seis portas e cara de pouquíssimos amigos, pára perto da gente. E eu, vocês sabem, sou covarde. Mas quando o jogo começa, ele torce feito doido. Braços colados ao corpo até a altura dos cotovelos, sacode as mãos freneticamente: Vai! Vai! Vai!
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Um moleque de uns dez anos me ensinou meia dúzia de palavrões que eu não fazia idéia que existissem... E provocava os puliça... Piazito boca suja e sem juízo.
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Mas pra ter boca suja feito a
nobreza, há que se conhecer todas as faces do submundo, viu... Deus do céu!
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O jogo. Ah, o jogo... Meu Colorado enfrentando o querido Verdão. F*da.
Não foi baba, não. Os dois gols do Inter só saíram no finalzinho...
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E as ameaças... A gente pensa que tem amigos... Mas experimenta torcer (no estádio e uniformizada) contra o time da tua terra natal... Tenta explicar que esse amor colorado é assim mesmo, que tu não controlas...
O mais bonito que eu ouvi hoje dos conterrâneos, foi que vão me jogar da ponte do Rio Uruguai, que separa nossa cidade do Rio Grande do Sul... E eu que vá nadando até encontrar o Guaíba. Credo.